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sexta-feira, 15 de junho de 2012

FARMÁCIA HOSPITALAR

GIVE YOUR PATIENTE A FAST HUG ONCE A DAY 


- Rondas a beira do leito
- Check-list baseado em protocolos


COMPONENTES DO FAST HUG


FUNDING (ALIMENTAÇÃO)
A desnutrição aumenta as complicações e piora o resultado final para pacientes criticamente doentes. "O paciente pode ser alimentado via oral ou enteral?" Se não devemos iniciar nutrição parenteral?


ANALGESIA
A dor pode afetar a recuperação psicológica e fisiológica dos pacientes e seu alívio de fazer parte dos bons cuidados intensivos.
paciente de UTI, por exemplo sentem dor por causa da doença, procedimentos invasivos, mas também situações corriqueiras como mudança de decúbito, aspiração traqueal ou troca de roupas de cama.


SEDAÇÃO
A profundidade e a dose da sedação devem ser ajustadas, para cada paciente. Sedação excessiva aumenta o risco de TVP (TROMBOSE VENOSA PROFUNDA), reduz motilidade intestinal, pressão arterial, capacidade de extração de O2 dos tecidos, aumenta o risco de polineuropatia do doente grave e prolonga a internação e os custos. São recomendadas suspensão diária da sedação ou monitoração contínua de sua profundidade.


THROMBO EMBOLIA PROEBYLAXIS (PROFILAXIA DE TROMBO EMBOLIANO)
Esta profilaxia é frequentemente esquecida, apesar de considerável morbidade e mortalidade associadas ao tromboembolismo nervoso. Os estudos recomendam que todos os pacientes adultos recebam pelo menos HEPARINA SUBCUTÂNEA, se não houver contra-indicação. Os riscos devem ser considerados em relação aos benefícios.
Usualmente administram ENOXAPARINA (CLEXANE, VERSA)


HEAD OF THE BAD ELEVATED (ELEVAÇÃO DA CABECEIRA DO LEITO) 
Vários estudos tem demonstrado que a elevação da cabeceira do leito a 45 graus pode reduzir a incidência de DRGE (DOENÇA REFLUXO GASTROESOFÁGICO) em pacientes ventilados mecanicamente. Deve-se ficar atento para não manter apenas a cabeça do paciente elevada mas também o tórax.


U FOR STRESS ULCER PREVENTION (PREVENÇÃO DE ÚLCERA DE ESTRESSE)
A prevenção de úlcera de estresse é de particular importância para pacientes em insuficiência respiratória, com distúrbios de coagulação, em uso de corticóides, ou com história de úlceras gástricas.
Provavelmente, não há necessidade da profilaxia com agentes "anti-úlcera" para todos os pacientes. Exemplos de sugestões de medicamentos: BLOQUEADORES H2 (RANITIDINA), SULCRALEATO, IBP (INIBIDORES DE BOMBA DE PROTONS) EX.: OMEPRAZOL, ESOMEPRAZOL, PANTOPRAZOL


GLUCOSE CONTROL (CONTROLE DA GLICEMIA)
Van den Berghe Cols demonstraram em um estudo controlado a redução da mortalidade em pacientes cirúrgicos, submetidos a controle rigoroso da glicemia com o uso de INSULINA 9ENTRE 80mg/dl e 110mg/dl). As diretrizes para tratamento da sepse grave e do choque séptico recentemente publicadas recomendam manutenção abaixo de 150 mg/dl. Outros autores demonstram redução do tempo de internação em UTI e da mortalidade com controle glicêmico.



FARMÁCIA HOSPITALAR

FARMÁCIA SATÉLITE

Em um hospital existem setores diferenciados com características e necessidades próprias de um sistema de dispensação de material e medicamento.
EX.: CENTRO CIRÚRGICO (CC), UTI, PRONTO SOCORRO (PS)

Esses setores possuem:
- estoques elevados de materiais e medicamentos sem controle efetivo (ex. fios cirúrgicos no CC e sondas na UTI).
- Consumo excessivo de materiais e medicação
- Custo unitário do que é consumido é alto
- Uso inadequado de alguns itens determina ocorrência de desperdícios
- Muitos itens necessitam de cuidados especiais no armazenamento e controle.
Portanto, podemos conceituar farmácia satélite como farmácia localizada no próprio setor da dispensação com finalidade de estocar adequadamente materiais e medicação e dispensá-los.

EX.: CC (CENTRO CIRÚRGICO)
No CC os pacientes permanecem o tempo necessário para intervenção cirúrgica. Localiza-se em local isolado onde se tenha bom planejamento de circulação dos recursos humanos que exercerão as técnicas cirúrgicas e assépticas.
Para implantar a farmácia neste local é importante que se conheçam suas características principais como:
- nºs de salas
- nºs cirurgia/mês

Ressaltam também ser um setor que:
- Apresenta estoque elevado de materiais com custo alto
- Consumo excessivo materiais
- Alto custo unitário de válvulas, cateteres, clips de aneurisma
- Armazenamento inadequado de medicamentos e materiais

IMPORTANTE
1-) Conhecer dinâmica do setor
2-) Escolher local fácil acesso a toda a equipe

ELABORAR OS KITS COM EQUIPES MÉDICAS

EX.: 
- Kit histerectomia (equipe ginecologia)
- Kit facectomia (cirurgia oftalmológica)
- Kit anestesia geral (equipe anestesiologista)
- Kit psicotrópicos
- Kit varizes (equipe cirurgia vascular)

Não é aconselhável nomear o Kit por nome do médico, senão causará problema logístico se outros médicos quiserem. Kits personalizados de acordo com a técnica cirúrgica de cada um.
Para determinar a rotina da FARMÁCIA SATÉLITE é importante a elaboração do mapa cirúrgico.
Este mapa deve conter:
- Nome do paciente
- Horário da cirurgia
- Nome da cirurgia
- Materiais e equipamentos especiais
- Nome cirurgião
- Nome anestesista
- Idade paciente

PASSO A PASSO
1-) Farmácia confere o mapa cirúrgico 1 dia antes da cirurgia (eletiva)
2-) Os Kits são produzidos de acordo com cada cirurgia
3-) Kits básicos EX.: ANESTESIA podem ser preparados antecipadamente, independente do mapa, por serem usados em todos os procedimentos
4-) A circulante de sala retira o kit previamente na farmácia para organizar a sala cirúrgica, informando os dados do paciente para cobrança.
5-) Ao término da cirurgia a circulante devolve o kit utilizado para excluir da conta do paciente o que não foi utilizado.

VANTAGENS DA IMPLANTAÇÃO
- Reduz desperdício de materiais e medicamentos
- Salas cirúrgicas sem estoque
- Melhora o faturamento
- Reduz contaminação cruzada entre as salas em decorrência da menor circulação para retirar materiais e medicamentos

quinta-feira, 14 de junho de 2012

FARMÁCIA HOSPITALAR

SISTEMA DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS


Deve ser:
- racional
- eficiente
- econômico
- seguro


Objetivos de um sistema de medicamentos de acordo com a organização Pan Americana de Saúde.


1-) REDUZIR ERROS DE MEDICAÇÃO PRINCIPAIS
Transcrição incorreta, erros de administração erros de formas farmacêuticas, falha no planejamento terapêutico.

2-) RACIONALIZAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO
Facilitar a administração dos fármacos por uma dispensação ordenada segundo horários e pacientes em condições adequadas para a pronta administração de medicamentos pela enfermagem

3-) AUMENTAR O CONTROLE SOBRE MEDICAMENTOS
Ter informações sobre o paciente (idade, peso, diagnóstico, medicamentos prescritos) o que permite melhor avaliação da prescrição médica e monitorização da farmacoterapia.

4-) REDUZIR CUSTOS COM MEDICAMENTOS
Dispensação ser diferenciada por pacientes. Melhora estoque e faturamento.

5-) AUMENTAR A SEGURANÇA PARA OS PACIENTES
A segurança só será obtida pela soma dos itens anteriores, adequação terapêutica, redução de erros, racionalização de distribuição.
Aumento de controle de medicamentos e materiais.

REQUISITOS IMPORTANTES PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Vários fatores devem ser analisados
- tipo hospital (público ou privado)
- tipo servido prestado (geral ou especializados)
- recursos disponíveis (humanos/materiais econômicos)

TIPOS DE SISTEMAS

- Coletivo
- Individualizado
- Dose unitária
- Misto (quando adota-se mais de um sistema)

COLETIVO
Mais desvantagens do que vantagens

1-) O médico faz a prescrição
2-) Enfermagem transcreve junto com a de todos os pacientes
3-) O pedido é enviado em nome do setor
4-) Farmácia separa material e medicamentos
5-) Enfermagem recebe e armazena
6-) Enfermagem separa e administra

VANTAGENS
- Facilidade de acesso dos medicamentos para uso imediato
- Pouco volume de requisição à farmácia
- Recursos humanos e infra-estrutura da farmácia reduzidos
- Ausência de investimentos iniciais.

DESVANTAGENS
- Ausência de farmacêutico na equipe de saúde
- Mínimas atividades de devolução à farmácia
- Aumento do potencial de erros de medicação
- Perdas e economias decorrentes da falta de controle: estoques espalhados, perdas por validade, acondicionamento não adequado dos medicamentos, facilidade de desvio e/ou troca de medicamentos entre pacientes
- Enfermagem assume o papel da farmácia
- Ausência de investimento que parece vantajosa, se mostra ruim comprometendo qualidade, controle e segurança.

SISTEMA INDIVIDUALIZADO
1-) O médico faz a prescrição em 2 vias ou prescreve em 1 via e a enfermagem transcreve
2-) Farmácia recebe a prescrição
3-) Farmácia separa os materiais e medicamentos por paciente e leito 24 horas (onde acordo com o estabelecido, sela os medicamentos e dá baixa no estoque separado por paciente)
4-) Farmácia confere a prescrição e separação dos itens antes de encaminhar
5-) Enfermagem recebe "tirar" de sacos selados contendo os medicamentos e separa a dosagem a ser administrada ao paciente
6-) Após 24 horas (ou de acordo com o estabelecido) com a enfermagem) devolve o que não foi utilizado

VANTAGENS
- Redução estoques periféricos
- Atende 24 horas ou de acordo com estabelecido
- Diminui nº de erros pelo acesso a prescrição médica
- Devolução a farmácia do que não foi utilizado
- Redução tempo gasto pela enfermagem na separação dos medicamentos por paciente
- Atuação do profissional farmacêutico

DESVANTAGENS
O potencial de erros de medicamentos é alto.
O tempo gasto pela enfermagem em separar as dosagens por paciente (se 24 horas é pior)
"FUNCIONAMENTO 24 HORAS DA DISPENSAÇÃO"

SISTEMA DE DOSE UNITÁRIA
Medicamentos dispensados unitariamente, nas doses certas acondicionados em embalagens plásticas, lacradas com nome paciente/leito e horário de administração.
1-) O médico prescreve
2-) Enfermagem encaminha a prescrição ou médico prescreve eletronicamente
3-) Farmácia faz triagem
4-) Farmacêutico analisa prescrição
5-) Auxiliar de farmácia prepara dose unitária
6-) Farmacêutico confere
7-) As embalagens são encaminhadas
8-) Enfermagem confere e administra
CUIDADO ESTABILIDADE

VANTAGENS
- Ausência de estoque periférico
- Reduz potencial de erros
- Atuação efetiva e dinâmica do farmacêutico
- Redução tempo gasto para enfermagem para separar medicação
- "Redução custo com medicamentos pelo maior controle estoque e faturamento"
- Medicação dispensada em doses organizadas e higiênicas
- Maior segurança

DESVANTAGENS
- Aumento de custo com RH e com infra-estrutura. 
- Não aproveitamento de devoluções


FARMÁCIA HOSPITALAR

A INFORMATIZAÇÃO NA ÁREA HOSPITALAR
PRESCRIÇÃO MÉDICA ELETRÔNICA

A informatização é uma ferramenta que deve ser utilizada para diminuir eventos adversos e erros com medicamentos, embora poucos hospitais brasileiros usem esse recurso.
O sistema de identificação por código de barras para medicamentos, materiais médicos hospitalares e pacientes, apesar de custo elevado, pode reduzir erros.

MERCADO NACIONAL

Aproximadamente: 
1500 fármacos 
- 6000 fármacos
- 15000 apresentações

A prescrição médica eletrônica baseia-se na utilização do computador ( um sistema) para equipe médica prescrever toda evolução clínica e decisão medicamentosa eliminando o papel.

VANTAGENS
- Prescrição padronizada.
- Prescrição legível
- Simplificação processos (pessoas, registros manuais)
- Muitos sistemas oferecem auxílio do médico com informações sobre doses, vias de administração, medicamentos que interferem em exames laboratoriais, interações fármaco x alimento
- Acesso a padronização de medicamentos
- Facilidade de armazenar os dados dos prontuários de cada pacientes
- Redução tempo gastos com transcrição de prescrição, digitação de requisições
- Facilidade no acompanhamento e intervenção no uso de antimicrobianos
- Maior controle no registo de medicamentos sobre controle especial.

DIFICULDADES NA IMPLANTAÇÃO DA PRESCRIÇÃO MÉDICA ELETRÔNICA
- Falta de capacitação dos profissionais na área de informática
- Falta de rigor e padronização dos processos, que muitas vezes são indefinidos nos hospitais, levando à dificuldade de serem informatizados
- Rejeição da equipe de saúde

COMO FUNCIONA O SISTEMA
- O prescritor informa nome e senha
- O sistema irá liberar os programas que o usuário acessar
- O usuário deve informar o registro do paciente para dar início a prescrição.


FARMÁCIA HOSPITALAR

FARMACOVIGILÂNCIA

Ciência relativa à DETECÇÃO, COMPREENSÃO, AVALIAÇÃO E PREVENÇÃO dos efeitos adversos e quaisquer outros problemas associados a medicação (OMS, 2002)

RAM (REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTO)

RAM é uma RESPOSTA NOCIVA E NÃO INTENCIONAL ao uso de medicamentos e que ocorre em DOSES NORMALMENTE UTILIZADOS em seres humanos para profilaxia, diagnóstico ou tratamento de doenças. (OMS 1972)

EXEMPLOS DE RAM
- Taquicardia
- Agitação
- Febre
- Rubor
- Tremor
- Prurido
- Alucinação
- Não sedação após anestesia
- Boca seca
- Visão turva
- Urticária
- Morte

EXPECTATIVA DA RAM

1-) ESPERADA - cuja descrição consta na bula
2-) INESPERADA - Cuja descrição NÃO consta na bula e pode ser pouco conhecida ou desconhecida.

FATORES QUE DIFICULTAM O DIAGNÓSTICO DE RAM

A-) RAM SEMELHANTE A DOENÇA TRATADA.
B-) RAM SEM RELAÇÃO A ATIVIDADE DO MEDICAMENTO.
C-) POLIFARMÁCIA
D-) AUTOMEDICAÇÃO
E-) PERÍODO DE INDUÇÃO LONGO


REAÇÕES ADVERSAS X EFEITOS COLATERAIS = Ação inerente a farmacológica dele

EX.: ASPIRINA

RA = DOR DE ESTÔMAGO
EC = ANTI AGREGANTE PLAQUETÁRIO

ERROS DE MEDICAÇÃO
Qualquer incidente previsível que pode causar dano ao paciente ou dar lugar a uma utilização inapropriada dos medicamentos.
CONCEITO DOS CINCO C:

- Dose Certa
- Medicamento Correto
- Administração ao paciente Correto
- Através da via Correta
- No momento Correto

As falhas em um ou mais dos cinco C produzirá ERROS

CASO DAS ENFERMEIRAS DENVER

Em outubro de 1996, um erro de medicamento (EM) ocorrido em um hospital em Denver ocasionou a morte de um recém nascido devido a administração por via intravenosa de uma dose 10 vezes superior à prescrita de PENICILINA BENZATINA
Como consequência, três enfermeiras foram levadas a julgamento por "HOMICÍDIO POR NEGLIGÊNCIA".
Verificou-se que ao longo do processo de prescrição, dispensação e administração do medicamento que havia conduzido este evento foram produzidos mais de 12 falhas do SISTEMA.

FALHAS
- Medicamento não necessário
- prescrição ilegível
- falta de verificação da prescrição pelo farmacêutico
- falha na rotulagem pelo laboratório farmacêutico
- inexperiência da farmácia e enfermagem

RESULTADO: Absolvição das acusadas.

MOTIVO: Falha no sistema e NÃO de uma pessoa.

CASO 1:
O farmacêutico dispensou a um paciente asmático com infecção pulmonar o medicamento DAONIL, um hipoglicemiante oral, ao invés do correto AMOXIL. Devido a alta dosagem do hipoglicemiante o paciente teve DANO CEREBRAL PERMANENTE

CASO 2:
Uma criança de 1 mês e 19 dias morreu após receber 15 gotas de um BRONCODILATADOR.
A médica que prescreveu afirma que a receita era uma gota para cada cinco mililitros. Entretanto a abreviatura de gotas (g) estava muito junta ao nº 1, dando a impressão de 15. A mãe afirmou que a enfermagem administrou 15 gotas.

CASO 3: 
Paciente 38 anos foi levada ao hospital com hipoglicemia e o médico ordenou verbalmente para enfermeira administrar 1 ampola de GLICOSE EV. A enfermeira por engano pegou, uma ampola de KCl, paciente morreu instantaneamente.

CASO 4:
Paciente pediátrico com dores abdominais. Foi prescrito GLICOSE + BUSCOPAN e auxiliar de enfermagem se confundiu e aplicou CLORETO DE POTÁSSIO. Paciente faleceu logo após a infusão medicamento.

CASO 5: 
Prescrição por telefone de KEFLIN para paciente com fratura exposta de fêmur e auxiliar enfermagem pede na farmácia QUELICIN. Paciente falece por parada respiratória.




FARMÁCIA HOSPITALAR

ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS ÁREA FÍSICA

PILHAS: O topo das pilhas deve ficar no mínimo 1 metro abaixo dos sprinklers contra incêndio.
TEMPERATURA: Em torno 20ºC + - 2ºC e a geladeira de 2 a 8°

Hospital até 100 leitos = 100 m²
Hospital até 200 leitos = 180m²
Hospital até 400 leitos = 350m²

Área distinta para medicamentos e correlatos.
Área fechada e com chave para medicamentos controlados.
Prateleiras amplas/claras e espaçadas.

SISTEMA DE LOCALIZAÇÃO DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS
Usar simbologia (codificação) representativa de estocagem.
Cada conjunto de códigos deve indicar com precisão a posição de cada material estocado, de modo que facilitem as operações de movimentação, inventário, etc.
As estantes devem ser identificadas por letras/cores/números.
Para fins de armazenamento os medicamentos podem estar classificados em:

- Grupos farmacológicos;
- Ordem alfabética;
- Laboratório;
- Mix anteriores

COMPRAS
FUNÇÃO DE COMPRAS

- Atender a demanda
- Comprar pelos menores preços, mas manter qualidade
- Mínimo investimento
- Condições favorável de pagamento

PONTO CRUCIAL - Seleção fornecedores (Possui problemas legais?)

FLUXO:

Solicitação (compra)  -- Cotação (preço)  -- Pedido (compra)  -- Entrega  -- Follow up

RESPONSÁVEL PELO SETOR DE COMPRAS
Administrador ou farmacêutico. Se for administrador deve-se ter um farmacêutico atuante.

PADRONIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Os medicamentos representam uma das maiores parcelas dos custos hospitalares.
Entende-se por padronização de medicamentos a constituição de uma relação básico de produtos que atendam aos critérios propostos pelo Ministério da Saúde.
Nos hospitais esta relação objetiva o atendimento médico hospitalar de acordo com as necessidades e pecularidades de cada instituição.
- Reduzir custos da terapêutica sem prejuízos para segurança e eficácia dos medicamentos.
- Racionalizar número medicamento, reduzindo custos de aquisição
- Facilitar planejamento/aquisição/armazenamento/distribuição e controle dos medicamentos.
- Facilitar a Vigilância Farmacológica.
- Disciplinar inclusão e exclusão dos medicamentos quando necessários
- Possibilitar o uso de uma mesma linguagem (genérico/referência) por toda equipe.

COMISSÃO DE FARMÁCIA TERAPÊUTICA (CFT)

FINALIDADE: Controlar e gerenciar a inclusão e exclusão de medicamento na lista padronização.
OBJETIVOS: Padronizar formas farmacêuticas, apresentação e dosagem considerando:
1-) Comodidade de administração dos pacientes
2-) Faixa etária da clientela
3-) Facilidade para cálculos das doses
4-) Facilidade de fracionamento ou multiplicação de doses

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
1 farmacêutico
1 médico clínica médica
1 médico clínica cirúrgica
1 médico pediatria
1 médico CCIH
1 enfermeiro

COMPETÊNCIAS
- Estabelecer critérios para inclusão e exclusão de medicamentos
- Elaborar lista medicamentos padronizados instrumento básico de prescrição médica.
- Rever e atualizar a lista periodicamente
- Estudar os medicamentos do ponto de vista eficácia terapêutica riscos, tempo mercado, sendo estes critérios fundamentais para escolha.
- Divulgar informações a respeito dos medicamentos incluídos e excluídos.

ESTRATÉGIAS
1-) Pesquisar os medicamentos básicos para o atendimento médico, considerando perfil epidemiológico das doenças incidentes e prevalentes.
2-) Agrupar medicamentos por grupo farmacológico
3-) Elaborar índice geral por grupo farmacológico
A  Comissão de Farmácia Terapêutica deve elaborar rotinas relativas à padronização (inclusão) e rotinas de aquisição de medicamentos não padronizados em situações especiais.

FARMÁCIA HOSPITALAR


CFF - RESOLUÇÃO 300 DE 30/01/1997
Regulamenta o exercício profissional em farmácia de unidade hospitalar clínica e casa de saúde.
FARMÁCIA HOSPITALAR: Unidade clínica de assistência técnica e administrativa, dirigida por farmacêutico, integrada funcional e hierarquicamente as atividades hospitalares.

1-) GARANTIR O USO SEGURO E RACIONAL DE MEDICAMENTOS.
2-) NORMAS PARA ARMAZENAMENTO/ CONTROLE ESTOQUE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS
3-) COORDENAR DISCUSSÕES SOBRE MEDICAMENTOS (PROTOCOLOS)
4-) PARTICIPAR COMISSÕES (CFT)
5-) DESENVOLVER MANUAIS E FORMULÁRIOS
6-) DISPENSAÇÃO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
7-) CIM
8-) FARMACOVIGILÂNCIA
9-) GESTÃO DE PESSOAS

LOGÍSTICA HOSPITALAR
Todo o sistema para controle, estoque e administração adequada.

PROBLEMAS
- Má localização estoques
- Armazenamento inadequado
- Erros de cálculos nos relatórios entrada x saída
- Erros de recebimento
- Esquecimento e atraso na emissão dos documentos relativos a entrada e saída
- Procedimentos inadequados de contagem física.

DIMENSIONAMENTO E CONTROLE ESTOQUE
- Prazo de entrega
- Definição rotatividade
- Ponto de pedido
- Compras corporativas

PRINCÍPIOS BÁSICOS NO CONTROLE DE ESTOQUE
- O que permanecer em estoque? (nº de itens)
- Quando abastecer? (periodicidade)
- Quanto abastecer? (período determinado)

CONTAGEM ROTATIVA
Contagem mensal, garante tudo o que tem no estoque e evita surpresas no final do mês.

- Controlar estoque x valor estocado (giro de estoque)
- Retirar itens obsoletos
- Ótimo: consignação
- Formas evolução consumo.

1º HORIZONTAL
Quando a quantidade não muda com a passagem do tempo

2º TENDENCIONAL
Quando o consumo muda no decorrer do tempo

3º SAZONAL
Sofre uma variação grande em determinado período EX.: ANTIBIÓTICOS NO INVERNO

NÍVEIS DE ESTOQUE

CMM - Consumo médio mensal
EMIN - Estoque mínimo
K - Fator de segurança para garantir contra ruptura (saldo zero)

EX.: CMM = 60 cx
         k = 0,9 ( 90% garantia)
         EMIN = 60 X 0,9 = 54 cx

POSSÍVEIS CAUSAS DE SALDO ZERO
1-)  Oscilação de consumo
2-) Atraso reposição
3-) Remessa divergente
4-) Diferença inventário
5-) Falha no controle estoque

OBS.: SERVIÇO PÚBLICO NÃO TRABALHA COM ESTOQUE MÍNIMO (LICITAÇÃO QUE PODE DEMORAR 3 MESES)

ROTATIVIDADE


Rotatividade =  consumo média anual (CMA)
                           estoque  médio (EM)


EX.: CMA = 800 UNIDADES/ANO
         EM  = 100 UNIDADES


R = 800  8 VEZES NO ANO
       100      GIRO DE ESTOQUE


PONTO PEDIDO (PP)


PP = CMM  X  TR   +  EMIN       TR = TEMPO REPOSIÇÃO


CMM = 20 X


PP = (20 X 2 ) +  20
PP = 60 CX


TR = 2 MESES
EMIN = 20 CX


CLASSIFICAÇÃO ABC


FUNÇÃO: Identificar os itens mais importantes


CURVA A: 20% dos itens e 60% valor consumo
CURVA B: 30% dos itens e 30% valor consumo
CURVA C: 50% dos itens e 10% valor consumo




CURVA A = A,B - 60%
CURVA B = C,D,E - 32%
CURVA C = F,G,H,I - 80%


A = 7 - 10
B = 20
C = 30 - 40


ESTOQUE POSSUI SAZONALIDADE



FARMÁCIA HOSPITALAR

NÍVEIS DE ATENDIMENTO À SAÚDE


PRIMÁRIO: Controle da população sadia (preserva  e promove saúde) - POSTOS DE SAÚDE

SECUNDÁRIO: Pequenos hospitais e estruturas de diagnóstico (laboratório de Análises Clínicas): - RESOLVEM 80 A 90% DOS PROBLEMAS SANITÁRIOS.

TERCIÁRIO: Mais complexo - HOSPITAIS REGIONAIS/HOSPITAIS DE ENSINO

QUARTENÁRIO: Mais avançado na medicina - tecnologia de ponta - HOSPITAIS ESPECIAIS

ATUAÇÃO ASSISTENCIAL DO FARMACÊUTICO:
- Farmácia Pública;
- Ambulatórios;
- Hospitais;
- Home Care.

HOSPITAL (OMS)
"Parte do sistema integrado de saúde cuja função é dispensar à comunidade completa assistência à saúde preventiva e curativa, incluindo serviços à família em domicílio e ainda um centro de formação para os que desejam trabalhar no campo da saúde e das pesquisas biossociais.

FUNÇÕES DO HOSPITAL
- Prevenir doenças;
- Tratamento/cura;
- Ensino/pesquisa.

PORTE
- Pequeno até 50 leitos;
- Médio de 51 a 150 leitos;
- Grande de 151 a 500 leitos;
- Especial acima de 500 leitos.

CORPO CLÍNICO
- Aberto
- Fechado

SERVIÇO
- Geral
- Especializado

TEMPO DE PERMANÊNCIA
- Longa (30/60 dias)
- Curta até 30 dias

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS HOSPITALARES
- RH/DP
- TI
- Financeiro
- Faturamento
- Serviços gerais
- Segurança do trabalho
- Suprimentos

SERVIÇOS TÉCNICOS
- Diretoria Clínica/Diretoria Técnica
- Serviço de enfermagem
- SND (Serviços de Nutrição)
- SAME (prontuários)
- Serviço Social
- Serviço Farmácia que é responsável:
1-) SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS
2-) PLANEJAMENTO
3-) DISTRIBUIÇÃO
4-) ESTUDOS CLÍNICOS
5-) ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO
6-) MANIPULAÇÃO

CLIENTE
- PS/PA
- Cirurgia eletiva
- Ambulatório
- Hospital dia.

terça-feira, 12 de junho de 2012

IMUNOLOGIA II

RESPOSTAS IMUNES CONTRA TUMORES E TRANSPLANTES


TUMORES E TRANSPLANTES


TUMORES - aumentar a imunidade - O SISTEMA IMUNE TEM FERRAMENTAS PARA RECONHECER E ELIMINAR
TRANSPLANTES - suprimir a resposta imune - A RESPOSTA QUE VAI RECONHECER A CÉLULA TRANSPLANTADA


Os antígenos que marcam os tumores e os transplantes como estranhos podem ser expressos virtualmente em qualquer tipo celular que é o alvo da transformação maligna, ou que é enxertado de um indivíduo para o outro.
O principal mecanismo pelo qual as células tumorais e dos tecidos transplantados são destruídas envolve os linfócitos T citolíticos.

NEOPLASIAS
VIGILÂNCIA IMUNE: Sistema imune adaptativo responsável para prevenir o crescimento desordenado da célula. 

MECANISMO DE AÇÃO
Reações medidas por células atacam as células tumorais "não próprias", limitando sua proliferação. Essas respostas atuam como um SISTEMA DE VIGILÂNCIA detectando e eliminando novos clones neoplásicos, mas a resposta contra essas células É FRACA. Algumas células tumorais escapam dessa vigilância.
RESPOSTAS IMUNES QUE AFETAM CÉLULAS TUMORAIS SÃO:
- NATURAL KILLER - atuam na ausência de anticorpos
- CÉLULAS KILLER - medeiam a citolise (CITOTOXIDADE CELULAR DEPENDENTE DE ANTICORPOS
CÉLULAS T CITOTÓXICA E MACRÓFAGOS ATIVADOS.

TRATAMENTO:
O principal mecanismo imune da erradicação tumoral é matar as células tumorais através dos LINFÓCITOS T CITOLÍTICOS
FATORES E EVASÃO:
- crescimento rápido;
- baixa imunogenicidade dos antígenos tumorais;
- diminuição da expressão de antígenos;
- produção de moléculas como a TGF- bETA (SUPRIME A RESPOSTA IMUNE)

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Exames laboratoriais com MARCADOR TUMORAL (antígenos relacionados na presença de tumores). O MARCADOR TUMORAL NÃO INDICA NECESSARIAMENTE NEOPLASIA. Deve estar linkado a um mais detalhado diagnóstico clínico.
EX.: PSA ELEVADO, pode estar relacionado a um câncer de próstata, mas só esse exame não confirma o diagnóstico. PARA SE CONFIRMAR O DIAGNÓSTICO PRECISA-SE DE UMA BIÓPSIA.


IMUNOLOGIA CONTRA CÂNCER
INTERVENÇÃO ATIVA - Estímulos de componentes do sistema imunológico que mais provavelmente seriam responsáveis pela imunidade anti tumoral.
CITOCINAS PARA ATIVAR INTERFERON

TERAPIA COM ANTICORPOS MONOCLONAIS
- Imunoterapia passiva
- Anticorpos monoclonais contra o tumor

COMO FUNCIONAM OS ANTICORPOS MONOCLONAIS
Os anticorpos são substâncias que são produzidas pelo corpo como resposta às infecções. Eles reconhecem certas proteínas localizadas na superfície das células estranhas ou lesadas que são designadas por antígenos e aos quais se ligam. Quando se ligam, é enviado um sinal a outras células no corpo para matar a célula estranha ou lesada. É possível produzir anticorpos que visam especificamente antígenos alvo localizados em células cancerosas.
Anticorpos monoclonais foram criados para reconhecer um antígeno específico nestas células, atuando diretamente nessa célula, forçando-a a morrer. SEM AFETAS AS OUTRAS CÉLULAS NORMAIS.

IMUNOLOGIA DOS TRANSPLANTES
Substituição de ÓRGÃOS DOENTES por um transplante de tecido saudável tem sido um objetivo na medicina.
- A ideia original nasceu da compreensão de que era possível curar muitas doenças pela implantação de células, tecidos ou órgão saudáveis de um indivíduo para outro.

TIPOS DE ENXERTOS
1-) AUTOENXERTO
Transplante de órgãos ou tecidos procedentes do PRÓPRIO INDIVÍDUO.
- NÃO se desenvolve rejeições
- Autólogo
EX.: PONTE DE SAFENA/MAMÁRIA, ENXERTO DE PELE, MEDULA ÓSSEA

2-) ISOENXERTO
Transplante de órgãos ou tecidos ENTRE INDIVÍDUOS GENETICAMENTE IDÊNTICOS (GÊMEOS)
- NÃO há desenvolvimento de rejeições
- Singênico

3-) ALOENXERTO
Transplante ENTRE INDIVÍDUOS DA MESMA ESPÉCIE
- PODE HAVER rejeição na grande maioria dos enxertos

4-) XENOENXERTO
Transplante ENTRE INDIVÍDUOS DE ESPÉCIES DIFERENTES.
FORTEMENTE rejeitado.

MECANISMOS EFETORES DA REJEIÇÃO DE ALOENXERTOS
Podem ocorrer três tipos principais de rejeição:
Sinais de perigo: Febre, hipertensão, edema, aumento súbito de peso, mudança de ritmo cardíaco e dor no local do transplante.

1-) REJEIÇÃO HIPERAGUDA
- MINUTOS, HORAS OU POUCOS DIAS APÓS A INTERVENÇÃO CIRÚRGICA
- Reação de Anticorpos pré- formados
- Tipo IgG x MHC I do enxerto
- Sedimentação de eritrócitos/microtrombos nos gromérulos;
- Deposição de anticorpos.

2-) REAÇÃO AGUDA
- É a mais comum;
- Primeiros seis meses após a transplantação;
- Mediada por linfócitos T;
- Infiltração do transplante e destruição das células que o compõem;
- Drogas imunossupressoras são eficazes em conter essa rejeição visto que atuam inibindo a proliferação de células.

3-) REJEIÇÃO CRÔNICA
- Função lentamente perdida;
- Fibrose/hipertrofia;
- Coração = doença da artéria coronária
- Rins = fibrose intersticial
- Fígado = destruição do epitélio biliar
- Etiologia não muito clara
- Não há tratamento padrão.