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sexta-feira, 30 de março de 2012

QUÍMICA FARMACÊUTICA - INTERAÇÕES

Se tomadas concomitantemente os fármacos podem interagir, com as seguintes consequências:

A-) EFEITO ADITIVO OU SINÉRGICO: 
Quando ambos apresentam a mesma ação farmacodinâmica.

B-) PERDA DE EFEITO:
Se apresentam ações opostas.

C-) INFLUÊNCIA DE UM FÁRMACO SOBRE A ATIVIDADE DO OUTRO:
Alterando sua absorção, distribuição, metabolismo ou excreção.

ABSORÇÃO: Pode ser diminuída pela administração simultânea de fármaco que forme: complexo pouco solúvel no trato gastrointestinal. Ex.: SULFATO FERROSO diminui a absorção de TETRACiCLINAS, pois formam quelatos com elas. Outro fator que afeta a absorção é a mudança de pH gástrico visto que as drogas são melhor absorvidas quando se encontram em estado não ionizado. Ex.: NaHCO3 diminui a absorção das TETRACICLINAS.
A redução ou aumento da motilidade gastrointestinal por um fármaco pode diminuir ou aumentar a absorção de outro fármaco. Ex.: FENOBARBITAL (anticonvulsível) aumenta a motilidade gastrointestinal e diminui a absorção da GRISEOFULVINA.

Entre as alterações do metabolismo são de importância clínica aquelas que compreendem:

1-) OS MECANISMOS ADRENÉRGICOS:
A administração de inibidores da MAO concomitantemente com drogas pressoras (ANFETAMINA EFEDRINA).

2-) OS MECANISMOS COLINÉRGICOS:
Uso concomitantemente  de anticolinérgicos, como alcalóides de BELLADONA, com fármaco que tem ação colinérgica, mesmo fraca como FENOTIAZÍNICOS, ANTIHISTAMÍNICO.

3-) A JUNÇÃO MIONEURAL:
O emprego simultâneo de SUXAMETÔNIO COM ANTICOLINESTERÁSICOS pode prolongar a apnéia pós-operatória.

4-) NO LOCAL DE EXCREÇÃO:
Interações que compreendem a secreção e a reabsorção ativas: a PROBENECIDA prolonga o efeito antimicrobiano da penicilina por retardar a excreção da penicilina.
O aumento do pH da urina com NaHCO3 aumenta a velocidade de excreção do FENOBARBITAL pela urina.

EFEITOS ADVERSOS
Todos os fármacos, uns mais outros menos, podem causar efeitos adversos, alguns de extrema gravidade, a ponto de provocar mortes.
Por isso, uma superdose, a administração por via inadequada e aplicação para fins não indicados podem transformar um fármaco útil em tóxico perigoso.
A TALIDOMIDA, em 1961 estimulou a OMS, assim como governos de alguns países a se interessar pelo problema dos efeitos colaterais.
Por isso, além da eficácia, segurança e biodisponibilidade atualmente os órgãos oficiais, a quem competem liberar drogas novas exigem ensaios de carcinogenicidade, metagenicidade e teratogenicidade.
E só aprovam aquelas que se mostrarem isentas de provocar esses efeitos a curto e longo prazo.



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