SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO.
Os NERVOS PARASSIMPÁTICOS geralmente estimulam a motilidade e as secreções do trato gastrointestinal. O NERVO VAGO é a fonte da atividade parassimpática do esôfago, do estômago, do pâncreas, da vesícula biliar, do intestino delgado e da porção superior do intestino grosso. A parte inferior do intestino grosso recebe inervação parassimpática do NERVO SACRAL proporcionando os mesmos sintomas do nervo vago, mas somente em porções inferiores do intestino grosso. Os PLEXOS SUBMUCOSO (PLEXO DE MEISSER) E MIOENTÉRICO (PLEXO AUERBACH) são os locais onde fibras parassimpáticas pré-ganglionares formam sinapses com neurônios pós-ganglionares LIBERANDO ACETILCOLINA.
Os NERVOS SIMPÁTICOS - fibras pós-sinápticas passam através dos plexos submucoso e mioentérico LIBERANDO NORADRENALINA. Eles reduzem o peristaltismo e a atividade secretora e estimulam a contração dos músculos esfincterianos ao longo do trato GI. Eles são antagônicos aos efeitos da estimulação nervosa parassimpática.
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO
Fibras nervosas estimulam diretamente a musculatura lisa sem as sinapses nos plexos. Só trazendo MOTILIDADE, sem aumento ou diminuição de secreção.
PERISTALTISMO NO ESÔFAGO
O ESÔFAGO, é a porção do trato GI que conecta a faringe ao estômago. É um tubo muscular com aproximadamente 25 cm de comprimento.
O alimento deglutido é empurrado da extremidade proximal à extremidade distal do esôfago (e, a seguir, do intestino) por uma contração muscular onduliforme denominada PERISTALTISMO. O peristaltismo é produzido por uma série de reflexos localizados em resposta à distensão das paredes do sistema digestório provocada por um BOLO - uma massa - de alimento. O movimento do bolo ao longo do sistema digestório ocorre porque o MÚSCULO LISO CIRCULAR contrai-se atrás, e relaxa na frente do bolo. Isso é seguido por um encurtamento do tubo pela contração do MÚSCULO LONGITUDINAL. Essas contrações progridem da extremidade superior do esôfago até a junção gastroesofágica numa velocidade de 2 a 4 cm por segundo à medida que elas esvaziam o conteúdo do esôfago na região do cárdia do estômago.
O lúmen da porção terminal do esôfago é discretamente estreitado por causa de um espessamento das fibras musculares circulares em sua parede. Essa porção é denominada ESFÍNCTER ESOFÁGICO INFERIOR. Após o alimento passar para o estômago, a constrição das fibras musculares dessa região ajuda a impedir que o conteúdo gástrico regurgite para o esôfago. A regurgitação ocorreria porque a pressão na cavidade abdominal é maior que a pressão na cavidade torácica em consequência dos movimentos respiratórios.
REGULAÇÃO NEURAL E ENDÓCRINA DA SECREÇÃO ÁCIDA
A ACETILCOLINA, neurotransmissor circulante no NERVO VAGO tem a capacidade de estimular as CÉLULAS G (secretam gastrina no sangue) estimulam as CÉLULAS ENTEROCROMAFIN (secretam Histamina e Serotonina), que estimulam as CÉLULAS PARIETAIS (secretam ácido + Cloreto que em contato com a água forma-se o HCl ácido clorídrico), que inibe as CÉLULAS G.
Quando há diminuição de pH é liberado o PEPSINOGÊNIO (é um polipeptídeo de cadeia simples com 375 aminoácidos, sintetizado nas células gástricas e células mucosas) que é convertido em PEPSINA, esta enzima é responsável pela digestão de proteínas formando POLIPEPTÍDEOS que serão transportados para o intestino delgado.
O ácido clorídrico HCl é formado através de H2O + CO2, através da ANIDRASE CARBÔNICA H2CO3 = H+ + HCO3-
O H+ sofre transporte ativo na membrana mucosa, e para o lúmen do estômago através de uma bomba ATPase (H+/K+) (carreador). Na membrana base lateral ocorre o transporte ativo de CL- (os íons cloreto provém da corrente sanguínea).
Íons BICARBONATO vão para a corrente sanguínea, e íons CLORETO vão para células parietais.
Uma vez o cloreto estando na célula parietal, eles serão transportado para o lúmen através de difusão facilitada usando uma proteína carreadora sem gasto de energia.
OBS.: OMEPRAZOL - ATUA NA BOMBA DE K+/H+.
A histamina para receber o estímulo das células parietais precisa se ligar aos receptores H2 na mucosa gástrica, porém quando, administramos um fármaco ANTI H2 como a RANITIDINA, CIMETIDINA, FAMOTIDINA, a histamina não consegue se ligar aos receptores H2 e portanto não consegue estimular as células parietais. Como consequência não ocorre a liberação de H+.
SECREÇÃO DE PEPSINA NO ESTÔMAGO
O quimo é o alimento processado pela pepsina, onde há a mistura de muco, H2O, polipeptídeos.
As células intersticiais de CAJAL estão localizadas entre as células musculares e são responsáveis pela produção de ondas lentas, essas ondas provocam a despolarização do músculo liso, e por consequência abertura dos canais de cálcio, como enfluxo desses íons, gerando assim potenciais de ação (MOTILIDADE). Os quais expressam-se através da MOTILIDADE GASTROINTESTINAL.
A regulação espontânea da MOTILIDADE GASTROINTESTINAL é realizado pelas células de CAJAL, é determinado que as ondas lentas sejam propagadas entre elas.
SNE - modula a amplitude das ondas lentas, quase sem efeitos na frequência das ondas.
SNP - aumenta a amplitude das ondas lentas.
SNA - diminui a amplitude das ondas lentas.
MOTILIDADE GASTROINTESTINAL
- volume vazio = 50ml
- expansão = 100 ml
Agitação vigorosa e mistura dos alimentos sólidos para promover a digestão.
A MOTILIDADE ESPONTÂNEA é para promover a mistura dos alimentos.
Com o relaxamento das ondas o esfíncter abre e o alimento passa para o duodeno.
3 CONTRAÇÕES POR MINUTO, 20 SEGUNDOS POR CONTRAÇÃO. (responsáveis por misturar os alimentos para digestão).
INTESTINO DELGADO
O INTESTINO DELGADO (3 metros de comprimento) é dividido em 3 porções:
- Duodeno ( +/- 30 cm)
- Jejuno
- Íleo ( maior parte)
ABSORÇÃO ENTRE O JEJUNO E O ÍLEO
- lipídeos
- aminoácidos
- eletrólitos
- H2O
- carboidratos
- cálcio
- ferro
- sais biliares
- vitaminas B12
- vitaminas em geral
ESTRUTURAS DO INTESTINO DELGADO
VILOSIDADES - CÉLULAS COM PREGAS - MICROVILOSIDADES
ENZIMAS - Entrerocinase, encontra-se na superfície das pregas, epitélio simples colunar
PERISTALTISMO - Unidirecional mais fraco que no esôfago e no estômago
SEGMENTAÇÃO - Porções pigmentadas onde se contrai simultaneamente (provocada pelas células de CAJAL). Pressão do quimo maior na região pilórica do que na ileocecal.
INTESTINO GROSSO
O INTESTINO GROSSO, é dividido em:
- COLO ASCENDENTE
- COLO TRANSVERSO
- COLO DESCENDENTE
- COLO SIGMÓIDE
- RETO
- ÂNUS
Não existem pregas no intestino grosso, e nem microvilosidades
ABSORÇÃO:
- H2O
- Eletrólitos
Maior pressão retal
- Esfíncter interno do ânus relaxa
- Esfíncter externo do ânus relaxa - DEFECAÇÃO
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