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domingo, 10 de junho de 2012

IMUNOLOGIA II

IMUNODEFICIÊNCIA
É um estado de insuficiência imunológica que leva a um aumento no risco e desenvolver infecções e neoplasias.
PACIENTES COM IMUNODEFICIÊNCIA:
- Tem mais infecções do que indivíduos normais, podendo apresentar várias infecções ao mesmo tempo;
- Infecções tendem a ser crônicas:
- Infecções oportunistas

CAUSAS IMUNODEFICIÊNCIA
- IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS
Tem uma base genética, causada por mutações nos genes do sistema imunológico, são raras e causam infecções graves nos primeiro anos de vida.

- IMUNODEFICIÊNCIAS SECUNDÁRIAS
Problemas adquiridos durante a vida EXPOSIÇÃO ALGUM COMPONENTE, MEDICAMENTOS, VÍRUS (HIV).

DOENÇAS DA IMUNODEFICIÊNCIA

1-) AGAMAGLOBULINEMIA LIGADA AO X
Hereditária. É a falta de capacidade dos doentes em PRODUZIR ANTICORPOS, OS LINFÓCITOS B NÃO PRODUZ IMUNOGLOBULINA.
CLÍNICA: Aumento infecções mucosas IgA, se for para a corrente sanguínea atinge outros órgãos.
DIAGNÓSTICO: Não há aumento de LINFONODOS, BTK, ZERO DE IMUNOGLOBULINAS
TRATAMENTO: Antibiótico, imunoglobulina
OBS.: NENHUM INDIVÍDUO DEVE SER VACINADO SE ESTIVER COM NÍVEL DE ANTICORPOS BAIXO.

2-) DOENÇA GRANULOMATOSA CRÔNICA (FORMAÇÃO DE GRANULOMAS)
Incapacidade das células fagocitárias (NEUTRÓFILOS) de produzir PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
CLÍNICA: Aumento infecções bacterianas e fúngicas
DIAGNÓSTICO: Teste in vitro - VERIFICAÇÃO DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
TRATAMENTO: Antibiótico e VACINAS DESDE QUE SEJA MICRO-ORGANISMOS INATIVOS, PARTICULADOS, MORTOS

3-) IMUNODEFICIÊNCIA COMBINADA GRAVE
Síndrome rara e fatal com diversas causas genéticas - AUSÊNCIA LINFÓCITO T, B E NATURAL KILLER
CLÍNICA: Aumento infecções
DIAGNÓSTICO: Leucograma, REDUÇÃO QUASE A ZERO
TRATAMENTO: Antibiótico, isolamento, imunoglobulina, transplante de medula

4-) IMUNO COMUM VARIÁVEL
Caracterizada por NÍVEIS BAIXOS DE IMUNOGLOBULINAS SÉRICAS e aumento susceptibilidade infecções NÃO SE SABE A CAUSA EXATA
CLÍNICA: Bronquietasias (aumento pneumonias), aumento gânglios linfáticos, auto anticorpos
DIAGNÓSTICO: Diminuição de Imunoglobulinas
TRATAMENTO: Antibióticos e soroterapia

5-) SÍNDROME DE HIPER IgM
Incapacidade produção de IgG, IgA e IgE. Interação LTCD4, diminuição leucócitos, infecção inferior das vias aéreas devido a FALTA DE IgA, bactérias.
DIAGNÓSTICO: Mutação gênica, diminuição IgG, IgA e IgE, IgM normal ou alterado
TRATAMENTO: Soroterapia, IgG, fator estimulante de colônia, transplante de medula óssea.

6-) SÍNDROME DE WISKOTT-ALDRICH
Envolve imunodeficiência LT, LB e plaquetas.
CLÍNICA: Aumento de sangramentos devido a plaquetas serem pequenas, aumento de infecções bacterianas e fúngicas, tumores (linfoma/leucemia)
DIAGNÓSTICO: Mutação (PSWA), diminuição do tamanho e quantidade de plaquetas, fração LT anormal.
TRATAMENTO: Transplante de medula, administração plaquetas, IgG, soroterapia, antibióticos.

7-) HIPOGAMAGLOBULINEMIA TRANSITÓRIA DA INFÂNCIA
Bebês apresentam concentrações baixas Ig dos 3 aos 6 meses de vida. Geralmente acomete PREMATUROS, CRIANÇAS DE 6 A 18 MESES DE VIDA.
DIAGNÓSTICO: Clínico, aumento de infecção
TRATAMENTO: Não há necessidade, apenas medidas preventivas

8-) SÍNDROME DIGEORGE
Desenvolvimento anormal do feto. 
CLÍNICA:  Feto nasce sem o timo, deficiência da maturação dos linfócitos T.
DIAGNÓSTICO: RX para detectar a ausência do timo
TRATAMENTO: Antibióticos
GERALMENTE NÃO SOBREVIVEM JÁ QUE POSSUEM OUTRAS ALTERAÇÕES.

IMUNODEFICIÊNCIAS ADQUIRIDAS
Adquiridas durante a vida (FATORES EXTERNOS)

EX.: 
- INFECÇÃO DO VÍRUS DA IMUNO DEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) Permanente
- INFECÇÃO DO VÍRUS DA RUBÉOLA - Temporário
- DESNUTRIÇÃO PROTEÍCO-CALÓRICA - Inibe a maturação e função dos linfócitos
- TRATAMENTO COM RADIAÇÃO E QUIMIOTERAPIA
- REMOÇÃO DO BAÇO

SÍNDROME IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA

HISTÓRICO:
1977/1978 - Primeiros casos nos EUA, Haiti e África Central, descobertos e definidos como AIDS em 1982, quando se classificou a nova síndrome.
1980 - 1º CASO NO BRASIL (sem saber exatamente o que era)
1982 - Adoção temporária do nome da doença dos 5H (homossexuais, hemofílicos, haitianos, heroinômanos e hookers)
- Conhecimento transmissão
- 1º caso de corrente de transfusão sanguínea
1983 - Outras pessoas fora dos grupos de riscos contraíram (crianças, heterossexuais, profissionais da saúde, mulheres
1984 - Instituto Pasteur isola o vírus
1º PROGRAMA DE CONTROLE AIDS BRASIL
1985 - 1º Diagnóstico (TESTE DIAGNÓSTICO), comportamento de risco (PROMISCUIDADE, SEXO SEM PROTEÇÃO DE BARREIRA)
AIDS FASE FINAL
1987 - AZT - 2.775 casos no Brasil
1988 - SUS - 4.535 Casos no Brasil
1992 -  DROGAS COMBINADAS, cofator de transmissão (18x),  14.924 casos
1994 - AZT - GESTANTE
1996 - Medicamento gratuito, menor mortalidade 22.343, aumento em mulheres
1997 - CD4/ cargo viral
2002 - 258.000 casos no Brasil
2006 - Menor transmissão vertical 50%
2009 - Apesar dos programas do governo os casos aumentaram para 544.000, sendo em maior número os adolescentes e os idosos.

DESCRIÇÃO CLÍNICA DA DOENÇA 1981
ISOLAMENTO 1982
AZT 1987 
HAART 1996
Terapia anti-retroviral altamente ativa.

RETROVÍRUS - TCD4+ (RECEPTOR CD4+) MACRÓFAGOS E CÉLULAS DENDRÍTICAS (QUIMIOCINAS CXCR4 E CCS)
ENZIMAS: Transcriptase reversa, protease, integrase
PRINCIPAL GLICOPROTEÍNAS DO ENVELOPE gp120 (proteína modificada pelo vírus.
2 TIPOS: HIV1 HIV2

TENDÊNCIAS NA TRANSMISSÃO:
- diminuição vertical
- aumento entre jovens e idosos

3 FASES DA INFECÇÃO


- FASE INICIAL: marcada por uma infecção aguda, controlada parcialmente pela imunidade adquirida.
- FASE LATENTE: linfonodo e baço passam a ser locais de contínua replicação viral.
- FASE FINAL: diminui TCD4, aumento infecções oportunistas

MECANISMOS ENVOLVIDOS NA IMUNODEFICIÊNCIA
- diminuição CD4+ (1500 - 200mm³)
- deficiência na ativação LTCD8+
- macrófagos e dendríticas: diminuição apresentação
- diminuição MHC classe I

LINFOMA E SARCOMA DE KAPOSI


- Mecanismo de escape
- Capacidade mutogênica (Transcriptase reversa, gp 120)
- Inibição celular
- pró-vírus

DIAGNÓSTICO:
Elisa (triagem), Western Blot (confirmatório), teste rápido AC (urgência)

TRATAMENTO
- Bloqueio entrada viral.


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