Páginas

quinta-feira, 14 de junho de 2012

FARMÁCIA HOSPITALAR

NÍVEIS DE ATENDIMENTO À SAÚDE


PRIMÁRIO: Controle da população sadia (preserva  e promove saúde) - POSTOS DE SAÚDE

SECUNDÁRIO: Pequenos hospitais e estruturas de diagnóstico (laboratório de Análises Clínicas): - RESOLVEM 80 A 90% DOS PROBLEMAS SANITÁRIOS.

TERCIÁRIO: Mais complexo - HOSPITAIS REGIONAIS/HOSPITAIS DE ENSINO

QUARTENÁRIO: Mais avançado na medicina - tecnologia de ponta - HOSPITAIS ESPECIAIS

ATUAÇÃO ASSISTENCIAL DO FARMACÊUTICO:
- Farmácia Pública;
- Ambulatórios;
- Hospitais;
- Home Care.

HOSPITAL (OMS)
"Parte do sistema integrado de saúde cuja função é dispensar à comunidade completa assistência à saúde preventiva e curativa, incluindo serviços à família em domicílio e ainda um centro de formação para os que desejam trabalhar no campo da saúde e das pesquisas biossociais.

FUNÇÕES DO HOSPITAL
- Prevenir doenças;
- Tratamento/cura;
- Ensino/pesquisa.

PORTE
- Pequeno até 50 leitos;
- Médio de 51 a 150 leitos;
- Grande de 151 a 500 leitos;
- Especial acima de 500 leitos.

CORPO CLÍNICO
- Aberto
- Fechado

SERVIÇO
- Geral
- Especializado

TEMPO DE PERMANÊNCIA
- Longa (30/60 dias)
- Curta até 30 dias

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS HOSPITALARES
- RH/DP
- TI
- Financeiro
- Faturamento
- Serviços gerais
- Segurança do trabalho
- Suprimentos

SERVIÇOS TÉCNICOS
- Diretoria Clínica/Diretoria Técnica
- Serviço de enfermagem
- SND (Serviços de Nutrição)
- SAME (prontuários)
- Serviço Social
- Serviço Farmácia que é responsável:
1-) SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS
2-) PLANEJAMENTO
3-) DISTRIBUIÇÃO
4-) ESTUDOS CLÍNICOS
5-) ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO
6-) MANIPULAÇÃO

CLIENTE
- PS/PA
- Cirurgia eletiva
- Ambulatório
- Hospital dia.

terça-feira, 12 de junho de 2012

IMUNOLOGIA II

RESPOSTAS IMUNES CONTRA TUMORES E TRANSPLANTES


TUMORES E TRANSPLANTES


TUMORES - aumentar a imunidade - O SISTEMA IMUNE TEM FERRAMENTAS PARA RECONHECER E ELIMINAR
TRANSPLANTES - suprimir a resposta imune - A RESPOSTA QUE VAI RECONHECER A CÉLULA TRANSPLANTADA


Os antígenos que marcam os tumores e os transplantes como estranhos podem ser expressos virtualmente em qualquer tipo celular que é o alvo da transformação maligna, ou que é enxertado de um indivíduo para o outro.
O principal mecanismo pelo qual as células tumorais e dos tecidos transplantados são destruídas envolve os linfócitos T citolíticos.

NEOPLASIAS
VIGILÂNCIA IMUNE: Sistema imune adaptativo responsável para prevenir o crescimento desordenado da célula. 

MECANISMO DE AÇÃO
Reações medidas por células atacam as células tumorais "não próprias", limitando sua proliferação. Essas respostas atuam como um SISTEMA DE VIGILÂNCIA detectando e eliminando novos clones neoplásicos, mas a resposta contra essas células É FRACA. Algumas células tumorais escapam dessa vigilância.
RESPOSTAS IMUNES QUE AFETAM CÉLULAS TUMORAIS SÃO:
- NATURAL KILLER - atuam na ausência de anticorpos
- CÉLULAS KILLER - medeiam a citolise (CITOTOXIDADE CELULAR DEPENDENTE DE ANTICORPOS
CÉLULAS T CITOTÓXICA E MACRÓFAGOS ATIVADOS.

TRATAMENTO:
O principal mecanismo imune da erradicação tumoral é matar as células tumorais através dos LINFÓCITOS T CITOLÍTICOS
FATORES E EVASÃO:
- crescimento rápido;
- baixa imunogenicidade dos antígenos tumorais;
- diminuição da expressão de antígenos;
- produção de moléculas como a TGF- bETA (SUPRIME A RESPOSTA IMUNE)

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Exames laboratoriais com MARCADOR TUMORAL (antígenos relacionados na presença de tumores). O MARCADOR TUMORAL NÃO INDICA NECESSARIAMENTE NEOPLASIA. Deve estar linkado a um mais detalhado diagnóstico clínico.
EX.: PSA ELEVADO, pode estar relacionado a um câncer de próstata, mas só esse exame não confirma o diagnóstico. PARA SE CONFIRMAR O DIAGNÓSTICO PRECISA-SE DE UMA BIÓPSIA.


IMUNOLOGIA CONTRA CÂNCER
INTERVENÇÃO ATIVA - Estímulos de componentes do sistema imunológico que mais provavelmente seriam responsáveis pela imunidade anti tumoral.
CITOCINAS PARA ATIVAR INTERFERON

TERAPIA COM ANTICORPOS MONOCLONAIS
- Imunoterapia passiva
- Anticorpos monoclonais contra o tumor

COMO FUNCIONAM OS ANTICORPOS MONOCLONAIS
Os anticorpos são substâncias que são produzidas pelo corpo como resposta às infecções. Eles reconhecem certas proteínas localizadas na superfície das células estranhas ou lesadas que são designadas por antígenos e aos quais se ligam. Quando se ligam, é enviado um sinal a outras células no corpo para matar a célula estranha ou lesada. É possível produzir anticorpos que visam especificamente antígenos alvo localizados em células cancerosas.
Anticorpos monoclonais foram criados para reconhecer um antígeno específico nestas células, atuando diretamente nessa célula, forçando-a a morrer. SEM AFETAS AS OUTRAS CÉLULAS NORMAIS.

IMUNOLOGIA DOS TRANSPLANTES
Substituição de ÓRGÃOS DOENTES por um transplante de tecido saudável tem sido um objetivo na medicina.
- A ideia original nasceu da compreensão de que era possível curar muitas doenças pela implantação de células, tecidos ou órgão saudáveis de um indivíduo para outro.

TIPOS DE ENXERTOS
1-) AUTOENXERTO
Transplante de órgãos ou tecidos procedentes do PRÓPRIO INDIVÍDUO.
- NÃO se desenvolve rejeições
- Autólogo
EX.: PONTE DE SAFENA/MAMÁRIA, ENXERTO DE PELE, MEDULA ÓSSEA

2-) ISOENXERTO
Transplante de órgãos ou tecidos ENTRE INDIVÍDUOS GENETICAMENTE IDÊNTICOS (GÊMEOS)
- NÃO há desenvolvimento de rejeições
- Singênico

3-) ALOENXERTO
Transplante ENTRE INDIVÍDUOS DA MESMA ESPÉCIE
- PODE HAVER rejeição na grande maioria dos enxertos

4-) XENOENXERTO
Transplante ENTRE INDIVÍDUOS DE ESPÉCIES DIFERENTES.
FORTEMENTE rejeitado.

MECANISMOS EFETORES DA REJEIÇÃO DE ALOENXERTOS
Podem ocorrer três tipos principais de rejeição:
Sinais de perigo: Febre, hipertensão, edema, aumento súbito de peso, mudança de ritmo cardíaco e dor no local do transplante.

1-) REJEIÇÃO HIPERAGUDA
- MINUTOS, HORAS OU POUCOS DIAS APÓS A INTERVENÇÃO CIRÚRGICA
- Reação de Anticorpos pré- formados
- Tipo IgG x MHC I do enxerto
- Sedimentação de eritrócitos/microtrombos nos gromérulos;
- Deposição de anticorpos.

2-) REAÇÃO AGUDA
- É a mais comum;
- Primeiros seis meses após a transplantação;
- Mediada por linfócitos T;
- Infiltração do transplante e destruição das células que o compõem;
- Drogas imunossupressoras são eficazes em conter essa rejeição visto que atuam inibindo a proliferação de células.

3-) REJEIÇÃO CRÔNICA
- Função lentamente perdida;
- Fibrose/hipertrofia;
- Coração = doença da artéria coronária
- Rins = fibrose intersticial
- Fígado = destruição do epitélio biliar
- Etiologia não muito clara
- Não há tratamento padrão.


domingo, 10 de junho de 2012

IMUNOLOGIA II

IMUNODEFICIÊNCIA
É um estado de insuficiência imunológica que leva a um aumento no risco e desenvolver infecções e neoplasias.
PACIENTES COM IMUNODEFICIÊNCIA:
- Tem mais infecções do que indivíduos normais, podendo apresentar várias infecções ao mesmo tempo;
- Infecções tendem a ser crônicas:
- Infecções oportunistas

CAUSAS IMUNODEFICIÊNCIA
- IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS
Tem uma base genética, causada por mutações nos genes do sistema imunológico, são raras e causam infecções graves nos primeiro anos de vida.

- IMUNODEFICIÊNCIAS SECUNDÁRIAS
Problemas adquiridos durante a vida EXPOSIÇÃO ALGUM COMPONENTE, MEDICAMENTOS, VÍRUS (HIV).

DOENÇAS DA IMUNODEFICIÊNCIA

1-) AGAMAGLOBULINEMIA LIGADA AO X
Hereditária. É a falta de capacidade dos doentes em PRODUZIR ANTICORPOS, OS LINFÓCITOS B NÃO PRODUZ IMUNOGLOBULINA.
CLÍNICA: Aumento infecções mucosas IgA, se for para a corrente sanguínea atinge outros órgãos.
DIAGNÓSTICO: Não há aumento de LINFONODOS, BTK, ZERO DE IMUNOGLOBULINAS
TRATAMENTO: Antibiótico, imunoglobulina
OBS.: NENHUM INDIVÍDUO DEVE SER VACINADO SE ESTIVER COM NÍVEL DE ANTICORPOS BAIXO.

2-) DOENÇA GRANULOMATOSA CRÔNICA (FORMAÇÃO DE GRANULOMAS)
Incapacidade das células fagocitárias (NEUTRÓFILOS) de produzir PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
CLÍNICA: Aumento infecções bacterianas e fúngicas
DIAGNÓSTICO: Teste in vitro - VERIFICAÇÃO DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
TRATAMENTO: Antibiótico e VACINAS DESDE QUE SEJA MICRO-ORGANISMOS INATIVOS, PARTICULADOS, MORTOS

3-) IMUNODEFICIÊNCIA COMBINADA GRAVE
Síndrome rara e fatal com diversas causas genéticas - AUSÊNCIA LINFÓCITO T, B E NATURAL KILLER
CLÍNICA: Aumento infecções
DIAGNÓSTICO: Leucograma, REDUÇÃO QUASE A ZERO
TRATAMENTO: Antibiótico, isolamento, imunoglobulina, transplante de medula

4-) IMUNO COMUM VARIÁVEL
Caracterizada por NÍVEIS BAIXOS DE IMUNOGLOBULINAS SÉRICAS e aumento susceptibilidade infecções NÃO SE SABE A CAUSA EXATA
CLÍNICA: Bronquietasias (aumento pneumonias), aumento gânglios linfáticos, auto anticorpos
DIAGNÓSTICO: Diminuição de Imunoglobulinas
TRATAMENTO: Antibióticos e soroterapia

5-) SÍNDROME DE HIPER IgM
Incapacidade produção de IgG, IgA e IgE. Interação LTCD4, diminuição leucócitos, infecção inferior das vias aéreas devido a FALTA DE IgA, bactérias.
DIAGNÓSTICO: Mutação gênica, diminuição IgG, IgA e IgE, IgM normal ou alterado
TRATAMENTO: Soroterapia, IgG, fator estimulante de colônia, transplante de medula óssea.

6-) SÍNDROME DE WISKOTT-ALDRICH
Envolve imunodeficiência LT, LB e plaquetas.
CLÍNICA: Aumento de sangramentos devido a plaquetas serem pequenas, aumento de infecções bacterianas e fúngicas, tumores (linfoma/leucemia)
DIAGNÓSTICO: Mutação (PSWA), diminuição do tamanho e quantidade de plaquetas, fração LT anormal.
TRATAMENTO: Transplante de medula, administração plaquetas, IgG, soroterapia, antibióticos.

7-) HIPOGAMAGLOBULINEMIA TRANSITÓRIA DA INFÂNCIA
Bebês apresentam concentrações baixas Ig dos 3 aos 6 meses de vida. Geralmente acomete PREMATUROS, CRIANÇAS DE 6 A 18 MESES DE VIDA.
DIAGNÓSTICO: Clínico, aumento de infecção
TRATAMENTO: Não há necessidade, apenas medidas preventivas

8-) SÍNDROME DIGEORGE
Desenvolvimento anormal do feto. 
CLÍNICA:  Feto nasce sem o timo, deficiência da maturação dos linfócitos T.
DIAGNÓSTICO: RX para detectar a ausência do timo
TRATAMENTO: Antibióticos
GERALMENTE NÃO SOBREVIVEM JÁ QUE POSSUEM OUTRAS ALTERAÇÕES.

IMUNODEFICIÊNCIAS ADQUIRIDAS
Adquiridas durante a vida (FATORES EXTERNOS)

EX.: 
- INFECÇÃO DO VÍRUS DA IMUNO DEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) Permanente
- INFECÇÃO DO VÍRUS DA RUBÉOLA - Temporário
- DESNUTRIÇÃO PROTEÍCO-CALÓRICA - Inibe a maturação e função dos linfócitos
- TRATAMENTO COM RADIAÇÃO E QUIMIOTERAPIA
- REMOÇÃO DO BAÇO

SÍNDROME IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA

HISTÓRICO:
1977/1978 - Primeiros casos nos EUA, Haiti e África Central, descobertos e definidos como AIDS em 1982, quando se classificou a nova síndrome.
1980 - 1º CASO NO BRASIL (sem saber exatamente o que era)
1982 - Adoção temporária do nome da doença dos 5H (homossexuais, hemofílicos, haitianos, heroinômanos e hookers)
- Conhecimento transmissão
- 1º caso de corrente de transfusão sanguínea
1983 - Outras pessoas fora dos grupos de riscos contraíram (crianças, heterossexuais, profissionais da saúde, mulheres
1984 - Instituto Pasteur isola o vírus
1º PROGRAMA DE CONTROLE AIDS BRASIL
1985 - 1º Diagnóstico (TESTE DIAGNÓSTICO), comportamento de risco (PROMISCUIDADE, SEXO SEM PROTEÇÃO DE BARREIRA)
AIDS FASE FINAL
1987 - AZT - 2.775 casos no Brasil
1988 - SUS - 4.535 Casos no Brasil
1992 -  DROGAS COMBINADAS, cofator de transmissão (18x),  14.924 casos
1994 - AZT - GESTANTE
1996 - Medicamento gratuito, menor mortalidade 22.343, aumento em mulheres
1997 - CD4/ cargo viral
2002 - 258.000 casos no Brasil
2006 - Menor transmissão vertical 50%
2009 - Apesar dos programas do governo os casos aumentaram para 544.000, sendo em maior número os adolescentes e os idosos.

DESCRIÇÃO CLÍNICA DA DOENÇA 1981
ISOLAMENTO 1982
AZT 1987 
HAART 1996
Terapia anti-retroviral altamente ativa.

RETROVÍRUS - TCD4+ (RECEPTOR CD4+) MACRÓFAGOS E CÉLULAS DENDRÍTICAS (QUIMIOCINAS CXCR4 E CCS)
ENZIMAS: Transcriptase reversa, protease, integrase
PRINCIPAL GLICOPROTEÍNAS DO ENVELOPE gp120 (proteína modificada pelo vírus.
2 TIPOS: HIV1 HIV2

TENDÊNCIAS NA TRANSMISSÃO:
- diminuição vertical
- aumento entre jovens e idosos

3 FASES DA INFECÇÃO


- FASE INICIAL: marcada por uma infecção aguda, controlada parcialmente pela imunidade adquirida.
- FASE LATENTE: linfonodo e baço passam a ser locais de contínua replicação viral.
- FASE FINAL: diminui TCD4, aumento infecções oportunistas

MECANISMOS ENVOLVIDOS NA IMUNODEFICIÊNCIA
- diminuição CD4+ (1500 - 200mm³)
- deficiência na ativação LTCD8+
- macrófagos e dendríticas: diminuição apresentação
- diminuição MHC classe I

LINFOMA E SARCOMA DE KAPOSI


- Mecanismo de escape
- Capacidade mutogênica (Transcriptase reversa, gp 120)
- Inibição celular
- pró-vírus

DIAGNÓSTICO:
Elisa (triagem), Western Blot (confirmatório), teste rápido AC (urgência)

TRATAMENTO
- Bloqueio entrada viral.


IMUNOLOGIA II

HIPERSENSIBILIDADE
Inflamação excessiva causada pelo sistema imunológico. DISTÚRBIOS CAUSADOS PELAS RESPOSTAS IMUNES (EXAGERADA OU INADEQUADA), culminando em DOENÇAS DA HIPERSENSIBILIDADE.

TIPOS:
AGENTES ESTRANHOS: Desregulados ou não controlados (pólen, poeira, fármacos).
AGENTES PRÓPRIOS (AUTÓLOGOS): Doenças auto-imunes.

CLASSIFICAÇÃO
São classificados com base no mecanismo imunológico principal RESPONSÁVEL PELA LESÃO TECIDUAL E A DOENÇA.

TIPO I - HIPERSENSIBILIDADE IMEDIATA
Reação rápida da musculatura lisa e vascular. Sintomas iniciam de 5 a 30 minutos após o contato com antígeno. Mediada por IgE ligadas aos mastócitos (PROCESSOS ALÉRGICOS).

O ANTICORPO IgE É INDUZIDO PELO ALÉRGENO E LIGA-SE A MASTÓCITOS E BASÓFILOS. EM UMA NOVA EXPOSIÇÃO AO ALÉRGENO, O ALÉRGENO PROMOVE A LIGAÇÃO CRUZADA DAS IgES, INDUZINDO A DEGRANULAÇÃO E LIBERAÇÃO DE MEIADORES (HISTAMINAS, CITOCINAS, AMINAS VASOATIVAS).


PRINCIPAIS MEDIADORES
- AMINAS VASOATIVOS: Dilatação muscular, contração músculo liso
- PROTEASES: Danos tecidual
- PROSTAGLANDINAS: Dilatação vascular
- LEUCOTIENOS: Contração músculo liso
- CITOCINA: Inflamação

FASE IMEDIATA
Vasodilatação capilar, espasmos das células, músculos lisos, secreção glandular
FASE TARDIA
Infiltração de EOSINÓFILOS, BASÓFILOS, NEUTRÓFILOS, MONÓCITOS podendo haver dano tecidual.

ANAFILAXIA SISTÊMICO
Exposição de alguns alérgenos por via oral ou subcutânea, disseminam pela corrente sanguínea ativando MASTÓCITOS próximos dos vasos sanguíneos - gerando uma ATIVAÇÃO GENERALIZADA DOS MASTÓCITOS.
CLÍNICO:
-CORAÇÃO E SISTEMA VASCULAR:
Maior permeabilidade capilar, edema tecidual, diminuição pressão arterial, diminuição O2, batimentos cardíacos irregulares, perda da consciência.
- TRATO RESPIRATÓRIO:
Contração músculo liso, constrição da garganta (edema de glote)
- TRATO GASTRO INTESTINAL:
Cólicas estomacais, vômito, diarreia.

HIPERSENSIBILIDADE TIPO II - MEDIADA POR ANTICORPOS
Anticorpos IgM e IgG pré-formados contra componentes celulares medeiam essas reações. Forma comum de doença imunológica crônica. Ativa o SISTEMA COMPLEMENTO.
Podendo ser: 
- ESPECÍFICA
- SISTÊMICA (vasculite, artrite, nefrite)

TIPOS
- ALOIMUNOLOGIA
Reações transfuncionais GRUPO SANGUÍNEOS ABO
Incompatibilidade Rh

- AUTO-IMUNOLOGIA
- MEDICAMENTOSA -  Anticorpo - lesão - inflamação - função alterada

HIPERSENSIBILIDADE TIPO III - IMUNO-COMPLEXOS
GLOMERULITE - Complexos depositados nos rins.

HIPERSENSIBILIDADE TIPO IV - HIPERSENSIBILIDADE TARDIA
DERMATITE DE CONTATO - Resposta celular

sábado, 9 de junho de 2012

IMUNOLOGIA II

TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA


CONCEITO: 
É a incapacidade específica adquirida (total ou parcial) por um indivíduo a desenvolver uma resposta imune HUMORAL NORMAL ou a MEDIAÇÃO CELULAR a um antígeno ou a diversos epítopos de um certo antígeno contra o qual ele normalmente se desenvolveria uma resposta em outras condições.

PROCESSO:
Processo ativamente adquirido no qual os linfócitos potencialmente auto reativos são eliminados (DELEÇÃO CLONAL) ou tornados afuncionais (ANERGIA CLONAL) após contato com os auto-antígenos;

- TOLERÂNCIA CENTRAL;
- TOLERÂNCIA PERIFÉRICA.

ASPECTOS IMUNOLÓGICOS DA AUTO-TOLERÂNCIA
Tolerância é diferente da imunossupressão não específica e imunodeficiência.
É um processo ativo antígeno-dependente em resposta ao antígeno.
- É específica;
- Pode existir em células T, células B ou em ambas;
- Tolerância ao nível da célula T é mais duradoura do que a tolerância ao nível de célula B.

DELEÇÃO CLONAL
Linfócitos T e B durante o desenvolvimento encontram antígenos próprios e tais células realizam a deleção clonal através de um processo conhecido coo apoptose ou morte celular programada.
EX.: MATURAÇÃO DAS LT NO TIMO.

ANERGIA CLONAL
Células T auto-reativas quando expostas a peptídeos antigênicos em células apresentadoras de antígenos (APC) que não possuem as moléculas co-estimulatórias.
Também, células B quando expostas a grandes quantidades de antígeno solúvel regula negativamente sua IgM e se torna anérgica. Essas células também regulam positivamente as moléculas. Fas na sua superfície. Uma interação dessas células B com células T carreando ligantes Fas resultam na sua morte via apoptose.

IGNORÂNCIA CLONAL
Células T reativas a antígenos próprios não representadas no timo irão maturar e migrar para a periferia, mas elas certamente não irão encontrar jamais o antígeno apropriado porque este está sequestrado em tecidos inacessíveis. Tais células deverão morrer por falta de estímulos. Células B auto-reativas, que escapam da deleção, podem não encontrar o antígeno ou a ajuda da célula T específica e assim não será ativada e morrerá.

AUTOIMUNIDADE

A autoimunidade ocorre quando os anticorpos e as células T reconhecem componentes normais no corpo. As respostas autoimunes podem às vezes, mas nem sempre, causar doenças. A DOENÇA AUTOIMUNE é mediada pelas reações de hipersensibilidade dos tipos 2, 3 e 4.

DOENÇAS DA AUTOIMUNIDADE

DOENÇA CELÍACA
Também conhecida como ESPRU CELÍACO/ ENTEROPATIA POR GLÚTEN. 
É um distúrbio no intestino delgado, com má absorção e intolerância ao glúten (gliadina) encontrada principalmente em grãos de trigo, cevada e centeio.
A doença causa ATROFIA das vilosidades da mucosa do intestino delgado.
CAUSAS: predisposição genética, falta de enzima digestiva e FORMAÇÃO DE ANTICORPOS.
Associação com HLA-B8, DR3, DR7.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: diarreia, distensão abdominal dolorosa, fezes gordurosas e perda de peso.
A doença é muito comum, afetando aproximadamente 1% das populações, embora seja significativamente não diagnosticada, já que a maioria dos portadores ela causa sintomas mínimos ou ausentes. Ocorre mais comumente em mulheres, na proporção de 2:1, e é mais comum em parentes de primeiro grau de portadores.
MECANISMO DE AÇÃO: GLIADINA É O ANTÍGENO QUE ESTIMULA UM ATAQUE DE CÉLULAS T CITOTÓXICAS

ANEMIA PERNICIOSA
Deficiência de VITAMINA B12 em decorrência da má-absorção.
Reações autoimunes dirigias contra as células parietais gástricas e seus produtos.
MECANISMO DE AÇÃO: 90% DEFICIÊNCIA ABSORÇÃO OCORRE POR ANTICORPOS ANTI-FATOR INTRÍNSECO PRODUZIDO NO ESTÔMAGO.

DOENÇAS DE GRAVES
Hipertireoidismo, oftalmopatia e dermopatia inflitrativa. 
MECANISMO DE AÇÃO: ANTICORPOS QUE RECONHECEM O HORMÔNIO ESTIMULADOR DA TIREÓIDE (TSH) MIMETIZANDO-O, O QUE LEVA À ATIVAÇÃO CONTÍNUA DA TIREÓIDE, AUMENTO DE T3, T4 E REDUÇÃO DO TSH.
É uma doença autoimune em que os anticorpos se ligam aos receptores de membrana do TSH ou seja os anticorpos induzem a ativação contínua de secreção dos hormônios pela glândula tireóidea, os anticorpos fazem o papel do hormônio estimulantes TSH. Os anticorpos que provocam hipertireoidismo quase sempre são produzidos em consequência de autoimunidade contra o tecido tireóideo.
60 - 80% dos hipertireoidismo femininos. 

MIASTENIA GRAVIS
Funcionamento anormal da junção neuromuscular (FRAQUEZA MUSCULAR).
MECANISMO DE AÇÃO: ANTICORPOS ATACAM OS RECEPTORES NO LADO MUSCULAR DE JUNÇÃO NEUROMUSCULAR - aqueles que recebem sinal nervoso da ACETILCOLINA.
MÚSCULOS MAIS SUSCEPTÍVEIS - nervos cranianos, 50% músculos oculares.
Pode surgir após EVENTO ESTRESSANTE (infeção e anestesia).

ARTRITE REUMATÓIDE
É uma doença autoimune sistêmica, caracterizada pela INFLAMAÇÃO CRÔNICA, das articulações sinoviais com destruição progressiva de estruturas cartilaginosas e ósseas.
LINFÓCITOS B DAS MEMBRANAS SINOVIAIS PRODUZEM ANTICORPOS (IgM) CONTRA A PORÇÃO FC DA IgG PRODUZIDAS CONTRA INFECÇÕES OU RESPOSTAS INFLAMATÓRIAS.
É uma doença que acomete mais os indivíduos do sexo feminino (de 3 a  vezes mais do que os do sexo masculino). E tem seu pico e incidência entre 35 a 55 anos.
POSSÍVEIS CAUSAS: 
- Fatores hormonais (3:1 em mulheres);
- Agentes infecciosos como MYCOPLASMA, VÍRUS DA RUBÉOLA, CMV, HERPES, PARVOVÍRUS B19, EBV E MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS.
- Presença de MHC-H, HLA-DR4 e DR1.
MECANISMO DE AÇÃO: LÍQUIDO SINOVIAL FICA CHEIO DE NEUTRÓFILOS, MACRÓFAGOS, LTh-1 E CÉLULAS DENDRÍTICAS.
PRODUÇÃO DE METALOPROTEÍNASES PELOS MACRÓFAGOS ATIVADOS POR il-1 E TNF- ALFA, CLIVANDO COLÁGENO E PROTEOGLICANOS.


LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
Doença crônica e multi sistêmica.
Desenvolve-se em: FATORES GENÉTICOS (HLA DR3), DEFICIÊNCIA DE C2 E C4, FATORES HORMONAIS, FATORES AMBIENTAIS (exposição UvB e medicamentos como PROCAINAMIDA, HIDRALAZINA, CLORPROMAZINA, ISONIAZINAS, PRACTOLOL E METILDOPA.
MECANISMO DE AÇÃO: ANTICORPOS AUTO-REATIVOS CONTRA CONSTITUÍNTES NUCLEARES: DNA, RIBONUCLEOPROTEÍNAS, HISTONAS, ANTÍGENOS DE NUCLÉOLOS.
COMPLEXOS IMUNES se depositam nos GLOMÉRULOS RENAIS, ARTICULAÇÕES, PELE E VASOS SANGUÍNEOS.
É tratável apenas sintomaticamente com CORTICOSTERÓIDES E IMUNOSSUPRESSORES.


DIABETES INSULINO DEPENDENTE
Diabetes tipo I, presença de anto-anticorpos:
ANTI-GAD: Contra uma enzima DECARBOSILASE DO ÁCIDO GLUTÂMICO (GAD), participa da biossíntese de um neurotransmissor (GABA), e nas CÉLULAS PANCREÁTICAS.
ANTI-ILHOTA OU ICA: Marcador de DM Tipo I. A presença deste anticorpo é sinal da atividade da doença.
ANTI-INSULINA: Anticorpo anti-insulina pode ocorrer de forma espontânea ou após uso de insulina.

ESCLEROSE MÚLTIPLA
Mais grave onde CÉLULAS T AUTO-REATIVAS E MACRÓFAGOS ATIVADOS CAUSAM DEMIELIZAÇÃO DA SUBSTÂNCIA BRANCA CEREBRAL.
Acredita-se que o fator desencadeante estimulador seja uma infecção viral.
O óbito acontece em pouco tempo, se não diagnosticado precocemente.
SINAIS E SINTOMAS: 
- Dor facial;
- Dormência;
- Vertigem;
- Falta de coordenação;
- Dor nos braços;
- Desequilíbrio;
- Perda de visão e audição.
Não possui tratamento, somente imunossupressores e anti-inflamatórios.












quarta-feira, 6 de junho de 2012

ANÁLISES INSTRUMENTAL II

SOUTHERN BLOTTING
O método foi batizado com o nome de seu inventor, o biólogo Edwin Southern, e isso fez com que outros métodos de Blot fossem batizados com trocadilhos ao nome de SOUTHERN, por exemplo WESTERN BLOT e NORTHERN BLOT.
Essa técnica permite a visualização de fragmentos de DNA que compõem um genoma complexo. Nessa técnica, o DNA genômico é dirigido por uma ou mais enzimas de restrição e os fragmentos resultantes são separados por eletroforese.
Os fragmentos de DNA são transferidos do gel para uma membrana de nitrocelulose e a seguir expostos a uma solução contendo uma sonda marcada com RADIOATIVO, quimioluminescente ou com fluorcromo.
Para que ocorra a hibridização, esta sonda deverá ser composto de uma molécula de ácido nucleico de fita SIMPLES, que seja complementar em sequencia ao fragmento alvo.


NORTHERN BLOTTING

Essa técnica utiliza o princípio da técnica de SOUTHERN BLOT, entretanto não para detectar um segmento específico de DNA, mas um fragmento de uma MOLÉCULA DE RNA, sendo amplamente utilizada para verificar expressão celular.


WESTERN BLOT
Esta técnica permite a visualização de PROTEÍNAS. É um método em que as proteínas, são separadas por ELETROFORESE em gel de poliacrilamida em presença de SDS (ALTERAR AS CARGAS DA PROTEÍNA) e posteriormente transferida eletroforeticamente para uma membrana de nitrocelulose.
As membranas de nitrocelulose adsorvem proteínas com grande eficiência sendo muito úteis em ensaios QUANTITATIVOS.
A identificação imunológica das frações separadas e transferidas é feita imergindo as tiras de nitrocelulose em solução contendo anticorpos específicos para as frações. Os anticorpos se ligam as frações e são revelados usando uma anti imunoglobulina marcada com uma enzima, para a visualização utiliza-se um CROMOGENO que sob a ação enzimática fornece cor.

ANÁLISES INSTRUMENTAIS II

SEQUÊNCIA DE NUCLEOTÍDEOS


Processo que determina a ordem dos nucleotídeos de uma molécula de DNA. Existem vários métodos disponíveis, e cada um apresenta vantagens e desvantagens.

1-) DEGRADAÇÃO QUÍMICA - MAXAM E GILBERT
O alvo deve ser marcado com compostos radioativos FOSFORO 32 (32P) - Decompondo a molécula marcada em pontos específicos - SEM ESPECIFICIDADE

2-) SANGER - DIDESOXI
Mais utilizado por sua SIMPLICIDADE também conhecido como TERMINADORES DE CADEIA OU SANGER
A síntese enzimática de uma fita complementar é INTERROMPIDA pela adição do DIDEOXINUCLEOTÍDEO (NUCLEOTÍDEO TERMINADOR).

METODOLOGIA
Consiste em identificar, continuamente e sequencialmente durante o processo O ÚLTIMO NUCLEOTÍDEO  incorporado na extremidade de alongamento da cadeia. Os produtos da reação deverão também portar uma MARCA que permita detectá-los na etapa de análises. 


A reação de síntese se processa em condições iônicas e de pH apropriadas, na presença da enzima DNA Polimerase e de uma mistura dos 4 nucleotídeos sob a forma: dNTPs: dATP, dCTP, dGTP e dTTP sendo um deles marcado radioativamente com 32P sob a forma de análogo ddNTPs.
Estes análogos conhecidos como TERMINADORES quando incorporados à cadeia nascente bloqueará todo o processo.
Os fragmentos assim obtidos, cada qual contendo um resíduo final conhecido, pois se sabe em que tubo de reação o análogo foi adicionado, são separados por tamanho em gel de poliacrilamida individualmente.
NÃO É UMA METODOLOGIA PRÁTICA, E É UMA TÉCNICA DEMORADA.

MODO AUTOMATIZADO
Através de maquinaria apropriada gerenciada por computadores com programas que têm sequencialmente e identificam os produtos.
Isto permite executar o processo em grande escala.

MARCADOR RADIOATIVO
É usado um marcador radiativo gerando um ALTO CUSTO.

- O analista precisa ter curso IPEM;
- O laboratório deve ter estrutura adequada para trabalhar com radioativo;
- O radioativo é ONCOGÊNICO), não é fácil de trabalhar;
- Precisa-se ter um descarte de lixo especial (LIXO RADIOATIVO).

MARCADOR FLUORECENTE
Utilizam-se 4 didesoxinucleotídeos terminadores (ddNTPs) por fluorecência.
VANTAGENS: 
- pode-se usar cores diferentes;
- e realizar vários ao mesmo tempo.

Como cada reação (ATGC) utilizou um fluorocromo diferente os produtos podem ser reunidos e a eletroforese destes, realizada em um único canal do gel de sequenciamento.
O sinal fluorecente tem um diferencial, emitindo por cada fragmento, após iluminação com um feixe de laser, identificará os produtos baseado na diferença de comprimento de onda.
A luz emitida é detectada por "escaneamento" do gel e a sequência deduzida por computador.